terça-feira, 22 de abril de 2008

Uma questão de... (im)probabilidade

Dreaming of Deep Water, R. Steeds


Quando te encontrei não achei que fosse provável... com as horas, fui achando um pouco mais, com os dias era até possível, com as semanas, os meses, os anos... estava mesmo destinado.

Contudo, dentro de toda a certeza duvidei, como foi sempre meu inesgotável e franco hábito. E encostei-me à almofada de nuvem do meu pensamento. Suave, mas sólida... sem ilusões. De tão suave, que mesmo sem querer iniciei um leve embalar, uma serenidade tranquila de passos pequenos, que depressa tomaram o caminho do gigante.

Dormi. Dormi a sono solto. E sonhei. E dediquei tempo ao meu sonho. Os sonhos são reais pelo tempo que lhes dedicamos.

De tanto que te sonhei, que comecei a encontrar-te, a desenhar-te, a existir contigo. De tanto que te sonhei, que deixei de acreditar que fosses meramente um sonho. De tanto que te sonhei que não te pensei improvável.

Ainda assim, dentro da improbabilidade existes. Meramente porque não és impossibilidade.

4 comentários:

Fata Morgana disse...

Sempre a beleza superlativa e crua, aqui como no outro lugar, o primeiro, onde te conheci.

Também tenho outro sítio (mas continuo com o antigo) onde me revelo mais :)

Um beijo

Fata Morgana disse...

Devia ter assinado ;)

Fata Morgana

wong disse...

a impossibilidade é uma ilusão ... (sardenta por sinal)

Blood Tears disse...

os sonhos são por vezes mais reais do que a realidade....

lindo... :)