terça-feira, 1 de abril de 2008

Caminho Panic-Embryo

A leitura vai amaciando o caminho. Vejo nuvens nas pedras e açúcar na terra acre. Enquanto o caminho se faz... um pé descalço atrás do outro pé descalço... vestidos de lama, sou feita de chocolate. Que mel tão doce, este que me sabe a lágrimas e a mar (o mar é as lágrimas do mundo)... O caminhar torna-se pesado, mas mais uns passos arrancados e desenho-me umas asas. Pequenas. Minúsculas. Para não darem nas vistas e o sonho não se transformar em delírio ou loucura. Ténue fronteira... Mais dois passos, levitando... sou cega para o terceiro passo. Quero contar este e o próximo, mas não o seguinte. Não vou parar de andar. Nem vou parar de escrever. Talvez quando a tinta acabe... Não. Nessa altura compro mais tinta. E depois de toda a tinta do mundo, escrevo a sangue.

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